quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"Ele pode ter sido uma surpresa para vocês, não para mim". Assim o técnico Abel Braga resumiu a boa atuação do volante Rodrigo. Apresentado no dia 16 de maio, ele esperou pacientemente durante quase quatro meses pela primeira chance. A cada oportunidade de ficar no banco, a esperança de estrear. A cada vez que não era nem sequer relacionado, treinava mais e mais. E a chance chegou nesta quarta-feira, na vitória sobre o Cruzeiro, por 2 a 1, em Uberlândia, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Titular e presente em campo durante os 90 minutos, Rodrigo foi um dos destaques do terceiro triunfo seguido do Fluminense na competição. Elogiado por Abelão, ele mostrou uma personalidade incomum para jogadores de 22 anos ao analisar seu papel no elenco do atual campeão brasileiro.

- Nem cogito ser titular agora. O professor é o Abel Braga e quem escala é ele. Meu trabalho é estar pronto a hora que o treinador precisar. Todos precisam respeitar as decisões. Estou apenas procurando meu espaço. Se Abel achar que for a hora, vai ser. Se não achar, paciência. Ele sabe o que faz - resumiu Rodrigo.

Os quase quatro meses de treinamentos nas Laranjeiras não desanimaram o volante. Destaque do Madureira no Campeonato Carioca, competição na qual marcou sete gols, ele disse que já está totalmente adaptado ao clube e garantiu que seu único objetivo é ajudar o Fluminense a vencer:

- Fui muito bem recebido, por jogadores consagrados. Me adaptei muito bem e a tendência é só melhorar. Sei que a concorrência na posição é grande, mas procuro fazer meu trabalho independentemente de que esteja no clube. Respeito todos, mas sou mais um buscando meu espaço. Estou aqui para ajudar o Fluminense. Toda oportunidade que eu tiver vou procurar corresponder da melhor maneira possível. Abel sempre deixou claro que ia contar com todos. Fui coroado com essa chance, mas ainda tenho muito a render. Sei disso.

Com apenas 22 anos e natural de São Luís, no Maranhão, Rodrigo passou ainda pelo Nacional-PR antes de chegar ao Madureira e chamar a atenção do Fluminense. Entre as dificuldades, o volante lamenta a distância da família.

- É complicado. Mas minha carreira não pode parar. Quero crescer mais e mais. Graças a Deus nunca tive lesões, mas a distância da família atrapalha. Perdi minha vó há 20 dias, por exemplo. Era uma pessoa muito querida. Mas tenho certeza que ela acompanhou esse jogo e torceu por mim - disse o jogador.

Com o resultado positivo, o Tricolor chegou aos 34 pontos e pulou para 6ª posição do Campeonato Brasileiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário