Dos 63 jogos que o Fluminense já disputou desde 2010, zagueiro esteve em 43, com 67% de aproveitamento. Nas partidas sem ele, média cai para 40%
O Fluminense venceu cinco de seus últimos seis jogos no Campeonato Brasileiro. A arrancada colocou o Tricolor novamente na briga e levou a equipe da 11ª para a 5ª posição na tabela de classificação. A boa fase coincide com o retorno do zagueiro Leandro Euzébio, que passou dois meses se recuperando de uma grave inflamação no joelho direito. Coincidência ou não, os números provam: o aproveitamento com o zagueiro em campo nas duas últimas competições nacionais é impressionante. A 'diferença' entre um título e a proximidade da zona do rebaixamento tem nome e sobrenome nas Laranjeiras: Leandro Euzébio.
Desde que o zagueiro foi contratado, o Fluminense já disputou 63 jogos pelo Campeonato Brasileiro se somadas as edições 2010 e 2011. Euzébio esteve em campo em 43 deles, com 87 pontos conquistados e aproveitamento de 67,4%. No ano passado, o Tricolor foi campeão nacional com 62,3%. Sem o camisa 85, no entanto, a coisa muda de figura. Em 20 jogos, apenas 24 pontos ganhos e aproveitamento de 40%. Atualmente, o Bahia, 14º na tabela e na beira da zona do rebaixamento, apresenta números semelhantes.
- Se eu arrumei a defesa do Fluminense? Não sei. Deixo isso para os críticos analisarem. É importante, sim, ouvir coisas boas. Ajuda no trabalho do dia a dia. Não tinha conhecimento desses números e eles são realmente muito bons. Mas é preciso ter calma. Procuro sempre estar concentrado para continuar ajudando o Fluminense da melhor maneira possível. Precisamos manter a pegada dos últimos jogos para seguir crescendo na competição - disse Euzébio ao GLOBOESPORTE.COM.
A alegria e a facilidade para falar da boa fase, no entanto, viram palavras lentas e tristes ao lembrar da lesão mais grave de sua carreira. Depois de torcer o joelho direito ainda no Campeonato Carioca, Leandro Euzébio passou por uma artroscopia no menisco e só voltou a jogar no início do Campeonato Brasileiro após dois meses de recuperação. Foi quando uma inflamação na cartilagem e na patela, conhecida como sinovite, colocou em risco o futuro do jogador. Resultado: mais dois meses e meio longe dos gramados. Período no qual ele chegou a temer pelo pior diante de uma lesão que já encerrou a carreira de alguns jogadores, como o próprio técnico do Fluminense, Abel Braga.
- Sou do tipo de jogador que quase nunca se machuca. Essa foi, sem dúvidas, a pior de todas as lesões da minha carreira. No total, foram mais de quatro meses sem jogar. Pior: tive conhecimento de atletas que pararam de jogar por causa de inflamações parecidas com a minha. O próprio Abel Braga, por exemplo. Passaram coisas ruins pela minha cabeça. Para mim, essa temporada já tinha acabado. Não esperava jogar mais em 2011. É uma coisa chata, que incomoda, mas Deus me deu mais essa vitória - lembrou Leandro, que terá de fazer um tratamento especial até pendurar as chuteiras por causa da inflamação.
A adversidade deu mais forças ao jogador. Mas seguindo na direção contrária de parte do elenco tricolor, Leandro Euzébio evita falar em título. Para ele, a arrancada colocou o Fluminense em condições de lutar por uma vaga na Libertadores.
- Ainda falta mais coisa para se falar em título. A meta do grupo é a Libertadores primeiro. Quero muito disputar essa competição, já que nesse ano a lesão me privou de boa parte dela. Mas se as equipes lá de cima derem brecha, vamos chegar. Para pensar na taça precisamos de outra boa sequência de vitórias - frisou.
inflamação no joelho direito em 2011
As vitórias já voltaram a aparecer. Os gols, não. Em 2010, Leandro Euzébio e Gum marcaram nove gols no Brasileirão. Na atual temporada, apenas um, de Euzébio, logo na terceira rodada, contra o Atlético-GO, em Goiânia. Bem humorado, o camisa 85 tem a resposta na ponta da língua para a questão.
- Eu ainda tenho uma pequena desculpa por só estar voltando agora (risos). Mas já estou chegando à minha melhor forma física e espero voltar a balançar as redes em breve.
Pilar do bom momento do Fluminense no Brasileirão, o zagueirão voltou a sorrir. Superou a lesão mais grave de sua carreira para recolocar o Tricolor no caminho das vitórias. Os números não mentem. A diferença entre o título e a proximidade da zona do rebaixamento tem nome e sobrenome: Leandro Euzébio.
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